Na última quarta-feira (10/06), como eu faço com freqüência, estava diante da TV assistindo ao programa do Jô. Para minha ingrata surpresa o convidado era um líder da igreja anglicana brasileira – um gay meio afetado, diga-se de passagem - e os temas da entrevista eram a posição da referida denominação acerca do aborto (a favor, em muitos casos), homossexualidade (muito a favor), homossexuais na igreja (idem, com direito a exemplo ao vivo), casamento em série (a favor desde a fundação da igreja, por Henrique VIII) e outros temas menos polêmicos.
Passei então a assistir, impassível e sonolento, ao tal padre boiola esculachar a igreja católica com respeito ao triste episódio da menina vitima da pedofilia do padrasto facínora no Recife; ou ainda sobre a posição oficial da CNBB de que não há problema para padres serem homossexuais, desde que os mesmos guardem o seu celibato. Sobre este último tema, o Jô brincou dizendo: “Pode ser gay, desde que fique no armário!” E o padre emendou: “E desde que no armário não haja cabides!”
Devidamente vacinado, nem mais levanto a sobranselha. Não me espanto. Esta fase passou. Comendo bolacha estava, comendo bolacha fiquei.
Contudo, terminei o programa com a alma lavada. Deixando quem assistia comigo completamente perplexo. Pois ao final da entrevista, após o diálogo final travado entre o padre anglicano gay e o Jô, as bolachas voaram pelo tapete em meio a uma balburdia e alegria inesperadas...
Na tentativa de mostrar a diferença entre a igreja anglicana e as demais denominações, bem como demonstrar a sua superioridade doutrinária, o padre afirma: “Jô, platéia, queridos, vocês são todos anglicanos, mas não sabem!” “Como assim?” Pergunta o Jô perplexo. “Por que a igreja anglicana não está preocupada com o “dura lex sede lex”, [...] ao contrário procuramos nos perguntar o que Jesus faria, hoje, diante desta ou daquela situação. [...] Nossas posições refletem a evolução do pensamento humano. O senso comum. Por exemplo: Seriam os gays pecadores, ou criados por Deus a sua imagem e semelhança? Jesus rejeitaria o padre gay na Sua Igreja? A ciência já não demonstrou que o cérebro do gay é diferente (*), sendo esta a razão de seu comportamento? Então, diante deste fato científico, como seria o gay um pecador? [...] Devemos condenar o aborto como forma de controle da natalidade, claro! Mas em certos casos é a solução, não é mesmo?”
O padre não explicou como ele ficou sabendo a posição de Jesus acerca destas questões, já que a bíblia “não era para ser considerada ao pé da letra“. Tão pouco me espantei com a sua argumentação, já que a mesma estava baseada nas duas doutrinas muito em voga na atualidade: “a bíblia vale se a interpretação é conveniente” e “Jesus, segundo a minha inspiração pessoal”.
Contudo, podia se notar que a maioria das pessoas na platéia, o Jô incluído, acenava positivamente diante de quase todas as perguntas retóricas do padre, que ainda incluiu outras questões menos polêmicas, enquanto tentava desviar-se da vontade do Jô de falar sobre Henrique VIII e, arrematou a sua dialética do “tamanquinho” com a seguinte afirmação conclusiva:
- “Gentêee! Tudo isto é o senso comum! A igreja anglicana é sensível a isto! Ao pensamento evoluído do homem contemporâneo! [...] E conclui: “Nós que temos bom senso, somos todos anglicanos!”
Nesta hora, eu dei um grito de concordância:
- Eu precisava ouvir isto hoje meu Senhor! Glorias a Deus por este momento! Ele está certo! Sim, O MUNDO É ANGLICANO!
- MAS E DEUS?
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Nota, quase outro post:
(*) À guisa de esclarecimento, a afirmação de que as diferenças anatômicas, orgânicas, etc. observadas pela “ciência” nos cérebros dos gays são uma propensão genética inescapável oferecendo aos gays a ausência de responsabilidade por seu comportamento e, com isto, inocentando-os do pecado inerente aos seus atos repugnantes é coisa absolutamente torpe e mentirosa!
Tanto mais, quando tais inferências culminam na conclusão ainda mais leviana e ofensiva aos judeus e aos cristãos de que era a intenção de Deus criar outro gênero da espécie humana.
A mesma ciência que vê diferenças no cérebro do gay também vê diferenças no cérebro dos canhotos, dos facínoras, dos criativos, dos mentirosos compulsivos, dos cartesianos, dos gênios de qualquer área, etc. O cérebro REALMENTE apresenta diferenças químicas perceptíveis devido a maior ou a menor utilização de certas áreas do mesmo. Isto ocorre, seja por uso adquirido, seja por formulações de ordem hereditária, justificando química, anatômica e geneticamente a propensão a comportamentos e dons.
Sendo assim, eu me pergunto, o que uma coisa tem haver com a outra? O fato de uma pessoa possuir, naturalmente, certa inclinação, boa ou a ruim, com a qual deve lutar ou incentivar, exclui a sua responsabilidade ou o seu mérito sobre as suas conquistas ou erros? Ou não teríamos cada um de nós uma cruz a carregar, que somente Jesus pode aliviar o peso?
Olhando a questão do ponto de vista oposto, se uma pessoa usa mais a sua criatividade e desenvolve ainda mais a parte do cérebro responsável por isto, a constatação anatômica desta evolução cerebral é razão para excluir o mérito próprio de suas obras? Ou é apenas um reflexo em seu corpo devido a seu trabalho árduo nesta direção, como são os músculos trabalhados de um atleta?
A perversão comportamental dos gays encontra justificação “fisiológica” para o pecado, no fato de que a prática contrária ao seu gênero cria “calosidades” cerebrais vinculadas às suas ações pervertidas?
Ou seriam as “calosidades” cerebrais, mais uma conseqüência anatômica de seus atos pecaminosos, da mesma forma que o são a frouxidão de seus pulsos ou a perda de suas preg(#%)?
Os leitores me perdoem a falta de sutileza de minhas palavras, mas estava mais do que na hora de ser bem claro!
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Fonte: Genizah
Danilo Fernandes é empresário e consultor de marketing e franchising.
4 comentários
Obrigado! Irmão Querido! Pegou seu selo lá no Genizah?
Ola Edmilson!
O link do post é este: http://genizah-virtual.blogspot.com/2009/06/selitos.html
Voce foi indicado, as pessoas virão conhecer o blog (quem não conhece ainda) e voce espalha a benção (risos) fazendo um post parecido, indicando (outros blogs diferentes) que voce gosta!
A Paz!
Danilo
O principal é buscar em Deus para saber o que ele acha de tudo isso. E que o Senhor nos ilumine nesta batalha que travamos.
O pe. Anglicano não era gay, mostraram até a esposa e o filho dele...
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